São dois assuntos que, grosso modo, não teriam relação, mas, com uma análise mais apurada, têm suas afinidades: dengue e mercado imobiliário. A
zona norte, de acordo com levantamento, é a região que mais vem sofrendo com a doença este ano. No passado foram as zonas oeste e leste.
Vamos a alguns fatos da epidemia que podem mexer com o mercado:
- o mosquito gosta de água limpa (a zona norte tem muitos rios, córregos, sem contar com a Cantareira);
- o mosquito gosta de vasos com água (a zona norte tem, entre seus moradores, alto índice de pessoas mais velhas, que não têm o mesmo zelo com suas plantinhas que os mais novos);
- O mosquito se prolifera em condições ideais de calor e pouco cuidado higiênico (a zona norte ainda tem bairros cujo esgoto e bases sanitárias não são as melhores)
- praças, casas abandonadas e velhos galpões, pela possibilidade de má conservação e acúmulo de água são os locais ideais para mosquito (a zona norte tem muito
disso);
Bem, aí está a relação com o mercado. Hoje, agentes que atuam no setor já dizem que muitos interessados em imóveis estão mais cuidadosos com a área que vão morar ou se estabelecer, procurando ficar o mais longe possível de lugares que sejam focos. Além disso, também relatam que há muita gente deixando de comprar casas, preferindo apartamentos, exatamente para ficar longe do mosquito.
O lado bom é que não é toda a zona norte, mas as áreas menos centrais, pois bairro como
Santana,
Casa Verde,
Limão,
Vila Maria, entre outro, continuam despertando interesse de clientes. Além disso, a valorização desses bairros independe desse tipo de atmosfera negativa.
Além disso, moradores e poder público fazem suas partes para acabar com o risco da dengue. A tendência é, passado esse período negativo, o mercado de forma geral mostre a sua cara novamente. Sem medo de qualquer inseto.