No mês de julho, a venda de novos imóveis na cidade de São Paulo atingiu 736 unidades comercializadas, uma queda de 31,3% em comparação ao mês anterior, quando foram negociados 1.072, informa o Sindicato da Habitação de São Paulo – Secovi-SP.
No quesito valores comercializados, julho registrou R$ 378 milhões, contra os R$ 551,2 milhões de junho, uma variação de -31,5%. Já em julho de 2013, quando o valor foi de R$ 922,4 milhões, o recuo chegou a 59%.
O segmento de dois dormitórios permanece entre os preferidos dos paulistanos e estão entre os mais comercializados, com 392 imóveis, um total de 53,3%. Na sequência, estão às unidades de um e três quartos, respectivamente, com 22,1% e 22,0%, e representam 163 e 162 unidades negociadas.
Já nos lançamentos, as unidades de dois dormitórios também tiveram o maior destaque, com 698 imóveis disponibilizados ao mercado, equivalente à participação de 71,7%.
Para o economista-chefe do Sindicato, julho é considerado fraco para o mercado imobiliário e o sétimo mês do ano de 2014 não poderia ser diferente. "E, ainda, foi impactado pelos baixos índices de confiança do consumidor e dos empresários, além das incertezas quanto ao futuro da economia e em relação ao próximo governo."
Já o presidente do Sindicato, Claudio Bernardes, acredita que os empresários passarão por uma fase de adaptação às novas regras e, provavelmente, começarão desenvolver produtos mais adequados à realidade proposta pelo Plano Diretor. "O setor terá de se reinventar, a exemplo do que já fez em outras ocasiões. Certamente, com criatividade, vai encontrar soluções apropriadas para continuar atendendo a demanda por habitação."