São Paulo não tem mais terrenos baratos e localizados em áreas mais centrais para lançamentos. Essa é uma realidade do crescimento pelo qual o mercado vem passando nos últimos anos. Esse fenômeno tem feito com que os terrenos em bairros mais próximos da região central tenham o metro quadrado para futuros empreendimentos.
Esse empecilho faz com que incorporadoras e construtoras procurem áreas um pouco mais distantes para que os lançamentos não fiquem tão caros. O fenômeno já ocorre na zona norte e cada vez mais bairros um pouco mais longe sejam “descobertos” e ganhem lançamentos na faixa dos R$ 500 mil. O Tremembé e um exemplo disso.
Ainda acontecem lançamentos em bairros como Casa Verde, Limão, Santana etc. Mas são unidades mais caras exatamente para compensar a razão custo/benefício. Para poder atender ao atual limite para uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como pagamento, que é exatamente os R$ 500 mil, as empresas estão “descobrindo” novos e interessantes locais. A periferia definitivamente entrou no mapa.
Leia também:
Mercado imobiliário - Brasil é a bola da vez
ZN Imóvel promove Natal Solidário
Mercado imobiliário - 2013 será o momento de investir em imóveis
O Tremembé apesar de ser um pouco mais distante, é dotado de boa infraestrutura e possibilita que se tenha um preço de R$ 495,7 mil para uma unidade de médio padrão. Além do preço ainda atrativo, o bairro tem outros pontos de interesse do mercado e que se transformam em diferenciais no momento de um lançamento. Segundo pesquisas no mercado local (anúncios e no próprio portal ZN Imóvel), o preço do metro quadrado no Tremembé está entre R$ 2.796 e R$ 3.461,54 para venda. No caso de locação, o valor é de R$ 16,64.
Ele é, provavelmente, a região urbana com maior densidade de área verde na cidade, pois compreende a vegetação das ruas e terrenos e também conta com parte das matas do Horto Florestal e do Parque Estadual da Cantareira. Um dos grandes problemas do bairro e da região é o total de loteamentos clandestinos em áreas mais distantes, até em áreas de mananciais. Mas o crescimento do bairro deve fazer com que esse problema acabe ou, no mínimo, diminua.
O distrito é o quarto maior da cidade (dentre 96) e a região é pouco verticalizada, há muita oferta de terrenos, os preços ainda são interessantes e começam a aparecer lançamentos. Ainda não são muitos, mas já chamam a atenção e, aos poucos, transformam o bairro. Esse cenário começou a mudar há alguns anos quando os pequenos terrenos passaram a dar lugar a condomínios horizontais. Agora, com lançamentos de prédios, o bairro começa uma nova virada.