Antes, patinho feio. Hoje, um belo e interessante cisne. Assim
pode ser definida a Vila Maria. Bairro mais ao leste da zona norte, colado ao
Belenzinho, a Vila Maria, de certa forma, pode-se dizer que passou por fases.
Já foi um dos principais bairros da zona norte, com grandes
casarões no passado, frutos da industrialização da região, muito ainda com
influência da zona leste e do Belém dos Matarazzo. Passou por um momento de
decadência em razão da fuga de empresas do bairro. Mas nunca perdeu a pose.
Bairro interessante e imponente; importante e bom de negócios.
Há alguns anos foi redescoberto pelo mercado, com o lançamento de
muitos prédios residenciais. Nisso, favoreceu a decadência anterior, que criou
possibilidades. Antigos terrenos e galpões viraram condomínios.
Nas últimas décadas, a Vila Maria se transformou em polo de
atividades relacionadas à logística e ao transporte de cargas. Muitas empresas
desses setores se instalaram por lá em razão do fácil acesso do bairro à
Marginal do Tietê e a duas importantes rodovias: Dutra e Fernão Dias.
O comércio do bairro também é importante. Não há shoppings
comerciais, mas a Avenida Guilherme Cotching abastece
os moradores de todas as necessidades. Mesmo sem estações de metrô, o bairro é
bem servido de transporte público.
Enfim, não só por ser fronteira, mas a Vila Maria tem sua
importância e valorização. Para ser ter ideia, de acordo com dados do Portal ZN
Imóvel, o metro quadrado no bairro varia entre R$ 3,7 mil e R$ 7,6 mil, média
de R$ 5,9 mil. Se dividir a pesquisa em Vila Maria Alta e Baixa, o preço pula
para R$ 6,1 mil e R$ 6,3 mil, respectivamente. A título de comparação, Santana
tem média de R$ 6,1 mil.