Após a Copa do Mundo no Brasil, o mercado imobiliário pode enfim respirar e voltar ao normal. O desempenho do primeiro semestre ficou abaixo do esperado, quando a projeção era 15% de crescimento para este ano.
Esse resultado, provavelmente, está relacionado com o carnaval em março, as férias escolares adiantadas e a Copa. Pois, junho e julho, período do Mundial no Brasil, foram os meses atípicos para o mercado imobiliário devido à diminuição de dias úteis, quando não houve negociações. Portanto, agora é hora de impulsionar as vendas e projetar estratégias, principalmente, para os imóveis em estoque.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), em junho de 2014, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis somou R$ 9 bilhões, uma queda de 7% em relação a maio. Já o mesmo período do ano passado registrou R$ 11 bilhões.
A expectativa para o segundo semestre de 2014 é positiva. O mercado está otimista, pois os valores estão equilibrados. “Acreditamos que haverá uma recuperação no mês agosto. A nossa expectativa de crescimento é de 15% para este ano. O crédito é multiplicador do PIB (Produto Interno Bruto)”, declara Octavio de Lazari Junior, presidente da Abecip.
No mês de junho, foram financiados 42,4 mil imóveis, com recuo de 8% em relação a maio de 20%. No acumulado, de janeiro a junho, o volume foi 256,1 mil unidades, com 4,6% superior ao mesmo período de 2013.
Outro fato que tem colaborado com o setor é que a inadimplência no crédito imobiliário está controlada. “O brasileiro continua consciente para comprar imóvel. É preciso pagar 30% de entrada e passa por uma aprovação rigorosa. Tudo isso explica a baixa inadimplência no Brasil. A chance de deixar de pagá-la é pequena”, ressalta o executivo.
Em outubro, terá as eleições para presidente e governadores e Lazari Junior não acredita em alterações drásticas. “Independente do governo que assumir vai fazer muitas mudanças no crédito imobiliário.”
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